Tenho certeza de que não é só para mim que escrever sobre si é uma tarefa difícil.
Lembro que quando criança eu adorava preencher aqueles questionários que os colegas da turma faziam em cadernos especialmente dedicados para tal… Responder aqueles questionários era praticamente uma terapia para mim. Tenho a memória de que havia pelo menos dois fortes motivos para eu responde-los: mostrar um pouco de mim para os demais e praticar o autoconhecimento.
Mostrar um pouco de mim para o mundo é algo que conservo até hoje. Não que eu seja uma pessoa exibicionista, transbordando amor próprio e querendo me vangloriar de qualquer coisa… pelo contrário, eu conservo uma timidez que até mesmo amigos próximos se recusam a acreditar.
O fato é que me considero uma pessoa absolutamente plural. Eu tenho uma capacidade muito legal de pensar milhares de coisas ao mesmo tempo, de aprender coisas diferentes rapidamente, de observar e reproduzir comportamentos e assim por diante.
Sou o tipo da pessoa que faz questão de mudar de opinião – não sobre aquilo que considero meus princípios e valores éticos e morais, é claro. Mas a verdade é que eu gosto de aprender… e abrir mão das minhas “verdades absolutas” é praticamente um esporte para mim. Costumo brincar que estou neste mundo para conhecer e entender os “humanos”.
Sobre pluralidade é curioso como eu misturo em minha vida habilidades diversas. Ao mesmo tempo que adoro música new age, eu sou fã do Metallica. Eu sou alucinado por entrar em lojas de ferragens, mas enlouqueço também em loja de maquiagem. Sou competitivo e jogo futebol super bem, mas também adoro ficar montando looks pra minha “it girl”, a Mims.
Esse sou eu. Sou muitas possibilidades dentro de uma única vida. A única certeza que tenho sobre mim mesmo é que continuarei aprendendo muito.